Beyond Good & EA.

Talvez o melhor original oferecido pelos estúdios da Ubisoft nos últimos anos, Beyond Good & Evil foi uma das grandes pérolas que um volumoso rebanho herege, preferiu ignorar em 2003. Rogo para que o leitor não se inclua no grupo.
É virtualmente impossível classificar a obra. Considere uma miscelânea de géneros, até então obsoletos num só disco, servidos em doses consideráveis de stealth aux Kojima, acção típica de RPGs em tempo real, tudo sublinhado com um toque suave mas marcante de humor, perfeitamente original e representativo da subtileza da equipa liderada por Michel Ancel. Foi o francês, pai do icónico Rayman, que desenhou todo o planeta de Hillys (palco principal da narrativa) e respectivos nativos. Glória a quem merece.
Personagens de vincado carisma e interesse, uma banda sonora fascinante e ilustrativa da acção, um guião de génio e design inspirado, tornam Beyond Good & Evil numa experiência que se autopropõe ao jogador. A história confunde conspiração com verdadeiras lições de moral e, ironicamente, transpira fé pelos valores base da Humanidade. Caso não esteja a par, a Ubisoft confirmou que BG&E2 já está em pré-produção. Admito que a noticia teve impacto suficiente para questionar o meu fundamentalismo ateu. Ao contrário de Suda51, acredito que ainda há heróis na indústria…
Aceite uma sugestão, nesta semana que começa, prefira os transportes públicos como meio de locomoção. Para além de poupar as já fracas baterias do planeta, acumulará Euros suficientes, relativos ao consumo de ouro negro agora conhecido como combustível, para comprar uma cópia de Beyond Good & Evil.

4 Respostas to “Beyond Good & EA.”


  1. 1 luxxx Segunda-feira, Maio 26, 2008 às 3:36

    Sem qualquer dúvida, foi um título miseravelmente ignorado, facto especialmente triste pois trata-se de um dos pontos altos da geração 128 bits.

    Diferente, criativo e único. Um essencial, portanto!

  2. 2 Rikardo Segunda-feira, Maio 26, 2008 às 15:50

    Eu queria ter jogado, mas na altura comprei o The Sands Of Time e o Jak II. Enfim… por várias razões passou-me em 2003. Depois andei à procura e não havia em lado nenhum.

  3. 3 Daniel Costa Segunda-feira, Maio 26, 2008 às 16:08

    Desculpas, faz favor de procurar o disco numa loja de revenda, não será assim tão difícil nos dias de hoje…

  4. 4 Shiryu Segunda-feira, Maio 26, 2008 às 16:13

    FInalmente, já o tenho. A minha compra mais recenete de GameCube #84, Beyond Good & Evil, tapa assim um lapso videojogável na minah collecção. Apenas joguei ao jogo na Xbox de um amigo meu, ja lá vão os anos.

    Tal como Starfox Adventures (o Dinosaur Planet da Rare) puxa inspiração ao Zelda, mas é ao mesmo tempo um jogo único. Vender pouco é crime tal como o Killer 7 ou o No More Heroes: simplesmente há obras de arte que o publico realmente não merece compreender.


Deixe um comentário